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Furando a fila do mercado: Toyota Corolla no pódio de vendas em 2015



Ahn? Não, não estamos falando de outro país e nem se trata de pegadinha. É fato. Como assim? Vamos aos dados.

Empresas adoram rankings. Quem não quer ser líder? No entanto, primeiramente temos que alinhar o critério de liderança.

Em nossa 2ª pesquisa de Vendas de veículos Brasil, em valor (ed. 2015), resolvemos olhar o mercado das montadoras de carros não pelo emplacamento, mas pelo valor gasto pelos clientes.

Destrinchamos as vendas e o valor de tabela, assim como o valor "real" da venda (após descontos) para pessoa física, para cada uma das 658 versões dos 300 modelos das 43 marcas com emplacamento em 2105 no Brasil. Em seguida, identificamos as vendas para empresas e frotistas, assim como respectivos descontos.

Resultado Brasil? 142 bilhões de Reais ao longo do ano de 2015.

Aproveitando a divulgação pelo IBGE do PIB (R$ 5,9 trilhões, queda de 3,8%), as vendas de automóveis e comerciais leves (até 1 ton de carga) representaram 2,4% do Produto Interno Brasileiro.

Comparado ao estudo de 2014 (link aqui), houve redução de 21% no valor de vendas a valor corrente. Para efeito de comparação, a Anfavea reportou 25,8% de retração no emplacamento, ou seja, o valor médio de cada carro vendido aumentou de um ano para o outro, já descontada a inflação.

Furando a fila por, "apenas", R$ 100 milhões, temos o Toyota Corolla como o carro mais vendido do Brasil: R$ 4,96 bilhões pagos pelos clientes/empresas. Chevrolet Ônix, o líder no emplacamento, aparece em segundo nas vendas, com R$ 4,86 bi. Medalha de bronze para o Hyundai HB20, com R$4,81 bi. Como há uma margem de erro na projeção, podemos dizer que, praticamente, houve empate técnico no segundo lugar.

Outro insight obtido diz respeito às vendas de acordo com a faixa de valor de venda (preço "real") dos carros. Comparando as vendas de 2014 com 2015, houve recuo em todas as faixas, no entanto o menor percentual ocorreu na faixa de carros com valor de venda acima de R$ 120 mil, com queda de 7,8%.

Podemos concluir que o mercado foi afetado pela crise de maneira distinta para cada modelo, carroceria ou mesmo faixa de valor, sendo que as montadoras devem ficar atentas para atuar (leia-se, ter produto) nas melhores oportunidades ou, pelo menos, nas menos impactadas.

Considerando as 20 marcas com maior valor de vendas, BMW (com a foto na capa do artigo) merece destaque no quesito "furar a fila", ao atingir a 11ª posição no ranking de vendas, R$ 3,4 bi em vendas, contra a 17ª posição no emplacamento.

Marcas em destaque (20 principais) Marca mais vendida: Chevrolet, com R$18,2 bi Maior e menor valor médio de venda: Land Rover, com R$ 237 mil e Fiat (R$ 40,5 mil), respectivamente.

Os indianos da Tata (dona da LandRover) alavancam 5,8 vezes mais dinheiro por cada automóvel vendido do que os italianos da Fiat.

Volkswagen foi líder no valor de venda de veículos Hatch, com 23% da categoria (R$ 10 bi), já a Toyota foi líder em Sedans, 17% e R$6,2 bi. Por outro lado a Honda já Laureou 2 títulos, Utilitários Esportivos (14% e R$4,3 bi) e Monovolumes (40% e R$2,3 bi), deixando para a Fiat o prêmio de consolação em Pick-ups (R$4,3 bi e 22%) e Peruas (R$0,5 bi e 49%).

Curioso por mais informações de modelos e marcas? Convido o(a) leitor(a) a dirigir-se à QuatroRodas (link aqui) com mais dados do estudo. Bom passeio!

--- Francisco Castro Neves, consultor em Marketing Intelligence Partner da consultoria Data2Mkt.

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