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Que tal trabalhar em Bali semana que vem? - Parte 3



8 - Coworking

Modelo de trabalho que se baseia no compartilhamento de espaço e recursos, permite a convivência de pessoas que trabalham de forma independente, ou não, com potencial de sinergias e troca de ideias e experiências (na foto da capa, HuBud, coworking para lá de coolem Bali, Indonésia. Recomendo a visita!).

Apesar de números ainda tímidos, 7800 coworkings no mundo (DeskMag) com 510 mil membros, seu crescimento exponencial nos últimos anos permite projetar 12 milhões de pessoas utilizando mais de 60 mil espaços em 2025 (data2mkt).

O porte também deve crescer. Hoje com número médio de 65 membros (2 anos atrás eram 44, alta de 46%), a tendência é de, em 10 anos, atingir o patamar de 200 membros/unidade.


Alguns dados do setor:

  • Perfil de usuários: aproximadamente 50% são freelancers; 15% empreendedores; e 9% trabalhadores de empresas com 100 ou mais funcionários.

  • Problemas reportados pelos usuários: 33% conexão de internet insuficiente; 24% barulho no ambiente; Dificuldade em concentração e Falta de intimidade aparecem com 17% e 15%, respectivamente.

No Brasil identificamos 320 empresas de coworking. São Paulo aparece com 70 empresas em 84 endereços. Apesar do alto potencial para o setor, 8 unidades encerraram atividades em 2015 na cidade (4 no Centro e 2 em Pinheiros). Como a conveniência é fator relevante, falta de estudos mercadológicos e de potencial de captação aumentam as chances de atuação em locais saturados. Interessante notar que o Centro de São Paulo, com 15% (1,8 milhão m2) dos imóveis comerciais da cidade, apresente apenas 3 coworkings (5%) funcionando na região.

9 - Impacto na vida das pessoas

Se você leu todos os tópicos até aqui, parabéns, pois o assunto é enriquecedor e entusiasmante. Para aqueles que iniciam a leitura por esse tópico, sejam bem-vindos e chegamos à parte que trata de nossa vida.

De acordo com o Banco Mundial, hoje 1 em cada 3 americanos trabalha por conta própria. No Brasil essa proporção é de 1 em cada 4, proporção similar à Coréia do Sul, Itália e Argentina. No outro extremo encontramos Alemanha, França e Canadá, com 1 autônomo a cada 10 trabalhadores.

Com a tendência de crescimento do setor de serviços, cada país seu modo, praticamente todos devem apresentar aumento na proporção de autônomos. Nos Estados unidos, espera-se que essa Gig economy atinja 40% da população econômica ativa em, aproximadamente, 5 anos.

A tecnologia provocou disrupções na forma

como as pessoas se comunicam, colaboram e

trabalham

A era da internet está apenas começando, com a mobilidade servindo de facilitadora entre oferta e demanda de maneira quase transparente. A nova onda permitirá não só a conexão virtual, mas também que a entrega ocorra sem a necessária presença física.

Nesse modelo as pessoas tem a oportunidade de

criar a própria definição de flexibilidade.

10 - Faces da economia on-demand

Pesquisa conduzida pela Intuit, sobre o perfil atual da força de trabalho na economia compartilhada, identificou os seguintes perfis e insights:

Perfis

1 - Os Freelancers: gostam de estar no controle, ser o próprio chefe e são mais propensos a riscos.

2 - Os Empreendedores: motivados pelo desejo de criar seu negócio, complementam sua renda na economia on-demand.

3 - Os Tradicionais: possuem forte motivação por segurança financeira e complementação de renda é mais importante do que flexibilidade de horário.

4 - Os Passionais: motivados por fazer o que gostam, buscam flexibilidade, mesmo que recebam e trabalhem menos.

5 - Os Empurrados: é o perfil menos satisfeito. Atua na área por falta de opção, após período desempregado e sem sucesso em recolocação.

Insights

  • Pessoas na economia on-demand (EUA): 3,2 milhões de pessoas (2015) e projeção de 7,6 milhões para 2020.

  • Carga horária e rendimentos: 40,4 horas por semana, mas define a própria agenda; 34% tem na economia on-demand seu principal rendimento; e 33% atua em mais de uma plataforma (Uber, etc).

  • Motivação: 63% obter ganhos adicionais; 46% controlar e criar própria agenda; 11% por não ter encontrado trabalho.

  • Satisfação: 70% declarou estar satisfeito com escolha; e 81% planeja manter modelo de trabalho para o próximo ano.

  • Maiores desafios: 57% necessidade de obter trabalho suficiente; e 50% renda incerta.

11 - O Futuro

A empregabilidade se tornará cada vez mais embrulhada com atividades simultâneas e distintas. Horários e atividades flexíveis irão redefinir o conceito de "desemprego".

Em futuro próximo veremos aumento na eficiência e consolidação da economia compartilhada. Em paralelo profissões que demandem baixa criatividade ou mesmo trabalhos repetitivos, correm risco de serem substituídas por robôs e/ou inteligência artificial.

Em razão da lei de Moore e evolução na Inteligência Artificial, há considerável risco na automatização ocorrer mais rápido do que a readequação dos trabalhadores em novas atividades. Assim, tornam-se urgente novas estratégias de educação de forma a revolucionar os formatos e caminhos de aprendizagem. No entanto, essa é uma corrida que não tem vencedores.


A história da economia on-demand não se restringirá ao transporte urbano e locação de imóveis. Criará oportunidades para vivermos experiências multi-tarefas em multi-disciplinas, ao mesmo tempo gerando valor para a sociedade.

"Em um único dia poderemos, através de uma plataforma integrada, oferecer um jantar remunerado para um americano em visita a trabalho no Brasil, comprar flores de nossos vizinhos, alugar o carro da professora de chinês e passar a noite na cobertura do dono da fábrica (impressora 3D) de próteses da mão, entre outras atividades".


Sem pretender exaurir o tema, que esse texto sirva de trampolim para excelentes abordagens como as de:


Ao final, estudar tendências e impactos em nossa vida abre perspectivas para cenários tão incertos quanto expectativas de que "nada mais será como antes". No entanto deixar de olhar para esse futuro nos condenará a uma única certeza: sermos atropelados pelo presente.

Que o Marketing possa cada vez mais ser utilizado como ferramenta para compreender as dinâmicas do mercado e subsidiar ações em prol da construção de futuro melhor.

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Leia o artigo completo aqui.

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